Ivone Cruz iniciará nesta semana as filmagens de curta-metragem: artes cênicas de Trindade em destaque

Atriz e produtora cultural trindadense, Ivone Cruz quer contar a história das artes cênicas na “Capital da Fé” com destaque para o trabalho do Grupo Desencanto

Ivone Cruz, atriz e produtora. (Foto: Reprodução)

A atriz e produtora cultural de Trindade, Ivone Cruz, está às voltas com os preparativos para iniciar na quinta-feira (11) as gravações do Docudrama ou drama documentário, um estilo de documentário com dramatização na reconstituição de fatos, com a utilização de atores, para falar sobre a evolução das artes cênicas na “Capital da Fé”, sob a direção-geral de Rony Guilherme de Deus. O filme em curta-metragem deverá ser uma mistura de ficção e documentário “para registrar uma parte significativa da história e do desenvolvimento cultural da cidade”, informam os realizadores.

Conversamos com Ivone Cruz a respeito do docudrama cujas filmagens se iniciarão já nessa semana, como parte do projeto “Teatro e Cultura: Um Olhar Sobre Trindade, Goiás”. Claro, a atriz e produtora trindadense com vasta experiências na produção cultural, sobretudo pelo trabalho no Grupo Desencanto de Teatro, está bastante animada e contou sobre como serão as locações e as atividades em geral. “São locações próprias e a gente vai gravar, vai fazer um docudrama. Vamos refazer algumas cenas da história do teatro em Trindade. Então, tem locações externas e internas. Vamos usar como locações diversos lugares, por exemplo, o Grupo Desencanto de Teatro (GDT), os teatros da cidade porque a gente vai falar sobre esses teatros”, informou.

A produtora Ivone Cruz também destacou uma das cenas relevantes na história do GDT cujos integrantes no começo de tudo lá nos idos de 1985, ensaiavam nas escadarias do Santuário Basílica de Trindade na cidade não faltava quem os apontassem como “maconheiros”, mas receberam sincera acolhida do saudoso padre Ângelo Licate que entregou as chaves do salão para que pudessem levar adiante os ensaios. E dali surgiram espetáculos diversos feito a Grande Caminhada de Fé (Vida, Paixão e Morte de Jesus), Festival de Artes ao Ar Livre, uma infinidade de peças e muito mais. “Vamos, uma coisa interessante, a gente vai refazer a cena da entrega da chave pelo Padre Ângelo Licate ao Amarildo Jacinto. A gente vai colocar os personagens representando aquela época de 1986, porque tem aquela história do pessoal fazendo denúncia que eram maconheiros e o padre vem e entrega a chave. Então a gente vai refazer essa cena que vai estar no filme e aí temos as narrações que vão acontecendo durante o filme”, revelou.

Cruz chama a atenção para a equipe formada para levar em frente mais este projeto cultural que conta com artistas de Trindade inclusive para contar com mais propriedade essa história, com apoio da Secretaria de Cultura de Goiás (Secult Goiás) e do Governo de Goiás, uma realização viabilizada pela Lei Paulo Gustavo. “Vamos mostrando as imagens da cidade e a nossa equipe é muito bacana. A gente está com a Lei Paulo Gustavo, uma verba que foi estabelecida para os artistas, uma verba emergencial, então a maioria da nossa equipe é daqui de Trindade, pessoal de Goiás”, contou.

A artista trindadense destacou a preocupação com a qualidade técnica na produção do trabalho, inclusive a intenção de trazer profissionais competentes e com a capacidade de entregar o curta-metragem realmente em alto padrão. “Em termos de trazer um olhar interessante para as imagens e para as cenas e fotografia do filme, estamos trazendo duas pessoas importantes para este olhar estético do trabalho. Embora seja um curta-metragem, parece ser pequeno diante de uma obra de audiovisual, estamos trazendo duas pessoas que têm olhar muito importante para a cena, que são o diretor, que tem um trabalho muito bacana, tem um currículo espetacular e também um diretor de fotografia”, adiantou.

No docudrama que resultará do esforço conjunto de artistas locais e profissionais de fora, tendo Ivone Cruz na produção, o trabalho do GDT, de longe o principal protagonista da cena cultural em Trindade há mais de três décadas, será jogada luz sobre essa história de vida, trabalho e dedicação à divulgação dos valores e cultura do povo da região. “A gente quer fazer essa história do Grupo Desencanto ser colocada em divulgação de uma forma muito importante, de forma estética, porque o Grupo merece isso, porque é uma história bonita e é uma história, em Goiás, que é única”, reforça Ivone Cruz.


Comentários

Anônimo disse…
Estou arrepiada só em ler a matéria, ansiosa para assistir este "docudrama" e tenho certeza que será de alto nível.
Parabéns querida Ivone!