E eu grito por Socorro ou peço Misericórdia?


Puta que pariu!

Nem vou pedir desculpas pela expressão acima não muito elegante, embora de uso corrente no dia a dia, meus caros. É que o sentimento de indignação com essa violência toda à qual temos assistido o todo momento, e não mais apenas pela tela da televisão, porém na vida real mesmo, está me deixando assim mesmo, p... da vida.

Dia sim e outro também, tomamos conhecimento de que um amigo aqui e outro ali foi vítima da ação de bandidos. Os caras entram nas casas e roubam tudo o que conseguem, assaltam à luz do sol ou na calada da noite, abordam motoristas levando seus carros na maior tranquilidade como quem toma um pirulito das mãos de uma criança. O sujeito que tem condições financeiras para andar de caminhonete, por exemplo, e o faz, é um corajoso ou aventureiro pura a simplesmente. A qualquer momento pode chegar o ladão armado até os dentes e leva seu carro numa boa.

Nessas ocasiões se a vítima não sofrer violência física ou acabar sendo sequestrada, judiada, ainda tem muito a agrader a Deus sim. Aos homens nem tanto, vale dizer. Porque há os bandidos que roubam mas não matam nem torturam. Que fofos! Todavia existem aqueles mais covardes ainda que tiram a vida do outro assim como quem diz bom dia ou boa tarde. Agem com frieza, naturalmente, mas sempre de surpresa e com arma em punho diante de uma vítima indefesa e desarmada.

E o que a gente de bem está fazendo para conter isso? Erguem muros das casas, instalam sistemas de vigilância eletrônica com câmeras, alarmes, cercas elétricas. Quem pode até contrata vigilantes. Mas é sério. Isso não adianta nada. É bobagem pura. No máximo, essa parafernália toda dificulta a ação do bandido, mas não impede que o marginal, querendo, entre na sua casa. Isso é fato, pronto e acabado.

Ah, o que fazer? Também não tenho a resposta certa, aquela que colocará ponto final nisso não. Até porque existe gente ruim hoje, existiu ontem e certamente haverá aqueles caras de sangue e índole do capeta mesmo. Essa é a verdade. Agora, dá para controlar melhor isso aí. Como? Punindo rigorosamente os bandidos, uái! O cara não pode roubar, assaltar, furtar, subtrair, matar, sequestrar, fazer o outro refém, praticar a famigerada “saidinha de banco”, explodir caixas eletrônicos de bancos, comercializar drogas como cocaína, crack, maconha, entrar na casa do outro sem ser convidado e pegar o que não lhe pertence, estuprar, violentar, dentre outras modalidades criminosas. Qualquer criatura humana sabe muito bem que isso não pode, não é verdade?

Todavia, no Brasil, aqui “no” Goiás, especialmente em Trindade, o cabra pratica isso tudo que está dito aí em cima e a punição não acontece na esmagadora maioria das vezes. Claro, temos conhecimento de que a polícia prende o mesmo marginal inúmeras vezes, mas a legislação criminal tupiniquim é coesa como um queijo suíço. Aí a Justiça manda libertar o meliante, em cumprimento ao o que estabelece as leis deste “berço esplêndido”. Ou seja, a sociedade então realmente não reprova esse tipo de ação. Causa indignação, no máximo. Lamenta-se de verdade por ter acontecido com a gente mesmo ou com alguém muito próximo, sobretudo se for um amigo íntimo, uma pessoa da família. Do contrário, vamos todos levando a vida como se essas coisas fossem uma espécie de fatalidade da qual não há como fugir.

O sujeito vai a uma agência bancária, saca uns caraminguás resultado do seu trabalho e se torna alvo da ação de bandidos. Todo mundo sabe como funciona o esquema. Um bandido fica dentro da agência bancária observando quem pega dinheiro e aciona seus comparsas do lado de fora. Na maioria das vezes os bandidos agem sobre duas rodas, usando capacetes e portando armas de grosso calibre. Detalhe, o cidadão de bem não pode usar armas sem o devido porte. A bandidagem, por sua vez, possui à disposição um arsenal formidável e sempre à mão. Os caras humilham a lei do desarmamento que só desarma a gente de bem mesmo.

E os bandidos seguem a vítima pelas ruas da cidade como uma fera caçando sua presa na floresta. O sujeito não percebe que está sendo seguido até mesmo porque não tem o hábito de se esconder de ninguém, por levar a vida honestamente, e assim num estalo se vê nas mãos de bandidos. E neste caso tão comum hoje em dia, se a vítima apenas perde o dinheiro, deve passar na Igreja mais próxima e rezar ao Divino Pai Eterno agradecendo por ter sido assim.

As autoridades do Estado já demonstraram que não conseguem conter a ação da bandidagem não. As leis existentes estabelecem penalidades duras, mas ao mesmo tempo, há tantas atenuantes que os bandidos atualmente fazem pouco caso disso. O sistema prisional, a propósito, funciona tão mal que a ação de quadrilhas é comandada por presos condenados que estão em presídios. Como é que a sociedade, o tal povo que todo mundo diz ser bom demais da conta, o brasileiro, aceita uma situação dessas? Ah, fala sério! Será que somos uma gente assim tão bacana? Tenho cá comigo as minhas dúvidas, ouso dizer.

Já está passando da hora de se fazer algo efetivo mesmo, capaz de intimidar a ação de bandidos em Trindade, em Goiás, no Brasil. A coisa está feia de verdade, gente. E que ninguém venha dourar a pílula, dizendo que há exagero, que a situação parece ser assim porque a mídia mostra demais. Na, na, ni, na, não! Principalmente, autoridade do Judiciário, do Ministério Público, das Polícias, precisam melhorar a qualidade do serviço de segurança pública. Isso é tarefa de todos eles. Ah, é complicado? E daí? Este é um serviço essencial a cargo do Estado, e pronto. Esse pessoal é que tem a obrigação de trabalhar melhor, oferecendo mais segurança às pessoas.

Não é segredo alguém que cada cidadão deve cuidar da própria segurança e, claro, da família também. De igual forma, penso que a sociedade precisa dar um alerta geral aos poderes constituídos, mostrando que não dá mais para continuar essa insegurança toda, essa vida boa e fácil para os bandidos agirem agredindo as pessoas de bem, os trabalhadores, aquelas criaturas que mesmo tendo nascido pobres, fizeram a opção por serem honestas. Caso não haja essa reação da sociedade, a coisa só tende mesmo a piorar. E aí, só apelando para o Divino Pai Eterno que já tem coisa demais para cuidar nesse mundo.

É possível resumir isso tudo aqui em, no máximo, duas palavras: Socorro ou Misericórdia!


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