Caminhada de risco pela Av. Gabriel Alves de Carvalho

Uma avó caminhando com netos, um bebê num carrinho e outro de 12 anos numa via movimentada, sem acostamento, sem calçadas, um trem de doido

Pedestres caminham na pista, pois calçadas não há: Perigo.


Vamos continuar insistindo no tema calçadas de Trindade, muito embora estejamos conscientes de que dificilmente (e bota difícil nisso) o quadro geral de descaso com a segurança dos pedestres vai sofrer uma mudança radical e para melhor, da perspectiva de quem anda a pé, convém ir logo dizendo. Ocorre que entendemos ser urgente mesmo reclamar da atual situação.

Já falamos neste blog e várias vezes que os pedestres ficam expostos ao risco de serem atropelados ao transitarem pela Av. Gabriel Alves de Carvalho, no trecho entre o Carmelo da Santíssima Trindade e da Imaculada Conceição, no bairro Santuário e a rotatória em frente ao local onde um dia funcionou o agora ex-Clube Raio de Sol, na altura do setor Ana Rosa. Simplesmente não há calçadas, menos ainda um espaço qualquer para que os bípedes trindadenses possam caminhar com segurança ao longo daquela via. Aquilo ali dá sentido à expressão “trem de doido”. Sem qualquer exagero.

E, sim, é preciso chamar a atenção, sobretudo das autoridades municipais (alô, prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores!) para o singelo fato de que nem todas as pessoas têm veículos (carros ou motos, charretes ou cavalos, bicicletas ou motonetas, enfim) para se locomover pela cidade. Há gente por aí que anda a pé mesmo e o fazem a todo momento. Afinal, a vida também exige a movimentação dos filhos e filhas de Deus por suas próprias pernas, se é que me faço entender.

No caso em tela, o poder público municipal, melhor dizendo, a Prefeitura de Trindade e as secretarias municipais das áreas do que se pode chamar de infraestrutura estão nem aí para as agruras dos caminhantes. Ou será que estamos exagerando demais ao expor essa impressão? Já faz tanto tempo que a cidade está crescendo para aquelas bandas da saída para Abadia de Goiás, o fluxo de veículos só faz aumentar, a avenida em questão é estreita absurdo (cadê acostamento?) considerando a quantidade de veículos zanzando por ali, e nada de se ampliar a via ou mesmo criar calçadas ou passeios por ali.

A gente reclama e mostra o motivo, ora pois. Na tarde desta quinta-feira (12), enquanto caminhava pelo lugar demos um tempo na andança e fizemos a foto acima que ilustra esta breve notinha. Nela se vê a D. Valquíria, acompanhada do Gabriel (12) e do netinho, o pequenino Kaíque (6 meses), dormindo tranquilamente dentro do carrinho, alheio aos riscos dessa vida doida na qual os políticos no exercício dos mandatos agem como se tudo estivesse indo muito bem, obrigado.

E assim vamos nós, normalizando coisas disparatadas dessa forma, acatando a coisa toda como meras bizarrices, algo do tipo “isso é assim mesmo em todo lugar”, banalizando o valor da vida humana num trânsito em que se percebe a preocupação de verdade com as máquinas sobre rodas e movidas a combustíveis, ao invés de se cuidar melhor da segurança da pessoa humana. É isso aí!


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