Antes de ser um gestor de talentos, é preciso ser um líder consciente
Liderança consciente não é decisão concreta de enxergar pessoas como o ativo mais estratégico da empresa
ARTIGO | Iraci Bohrer é autora do livro O jogo invisível das decisões, mentora, empresária, palestrante internacional e criadora do método exclusivo Leitura do Invisível
Ninguém pede demissão de uma empresa. Pede demissão de um líder. Essa frase pode parecer dura, mas carrega uma verdade que muitos gestores ainda resistem em aceitar. Não adianta investir em employer branding, benefícios flexíveis ou planos de carreira sofisticados se quem conduz o time no dia a dia não sabe (ou não quer) liderar de verdade.
O gestor de talentos entende que manter alguém na equipe é apenas o ponto de partida. O verdadeiro trabalho começa no que você faz com quem fica. É a construção diária de propósito, reconhecimento e desafios consistentes que transforma a permanência em uma jornada de desenvolvimento real, tanto para a pessoa quanto para o negócio.
Mas existe um passo anterior a tudo isso: liderança consciente não é um conceito abstrato. É a decisão concreta de enxergar pessoas como o ativo mais estratégico da empresa e agir com essa clareza todos os dias, tanto em reuniões de feedback ou ciclos de avaliação como nas conversas de corredor, nas pequenas decisões, no modo como você distribui oportunidades.
Ao longo dos anos, desenvolvi o método Leitura do Invisível justamente para decifrar o que não está explícito nas relações profissionais. E o que percebi é que os melhores líderes não delegam a gestão de pessoas para o RH. Eles entendem que são de fato o RH do seu time.
A conexão entre liderança consciente e sustentabilidade do negócio é direta. Empresas não são feitas apenas de produtos, processos ou tecnologia. São feitas de gente. E é a qualidade das relações humanas que define a verdadeira força de uma organização no mercado.
Times engajados, culturas sólidas e resultados consistentes não se constroem a distância. Exigem proximidade real para ouvir de verdade, perceber movimentos sutis, identificar oportunidades de crescimento e agir com rapidez diante de desalinhamentos.
Deixo aqui uma provocação que costumo fazer nas minhas mentorias: você está liderando para o agora ou para a continuidade saudável do seu negócio?
Porque liderar para o agora é cobrar entregas. Liderar para a continuidade é construir pessoas que constroem resultados.
A escolha é sua. Todos os dias.
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