Segunda-feira (8 de Junho), Dia Mundial dos Oceanos, um tempo bom para refletir sobre a vida

Os oceanos estão emitindo sinais de alerta diante da degradação ambiental produzida pelos homens

Caranguejo num copo de plástico. (Foto: Reprodução/GreenPeace)


Conversava ainda mais cedo com a companheira Maria do Carmo Zinato, assessora de Comunicação do Projeto Educacional Supren, selecionado pelo Fundo de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), a respeito da efeméride desta segunda-feira (8 de junho): Dia Mundial dos Oceanos. É uma realidade distante, geograficamente falando, da gente, feito nós aqui do Centro-Oeste brasileiro, mas considerando a interação ambiental, o que fazemos aqui tem reflexos acolá, se é que me faço entender. Afinal de contas os córregos e ribeirões correm para os rios que se encontram com rios maiores que vão desaguar no mar. Logo, um lixo no bueiro no “coração do Brasil” pode ajudar na contaminação do mar. E sem exagero algum.

Num post na conta do Projeto no Instagram (@educacionalsupren), a gente vai se inteirando que os oceanos ocupam algo como 71% da superfície da terra e mais da metade disso tudo aí tem profundidade de mais de três mil metros, um meio repleto de espécies ainda hoje muitas delas desconhecidas pela ciência, que absorvendo gás carbônico influenciam minimizando o aquecimento global, um dos efeitos terríveis da vida dita moderna. Alguma coisa entre 10% e 12% da população mundial encontra na pesca e na aquicultura os meios de subsistência, de acordo com estimativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Importante também, por volta de 200 milhões de pessoas dependem dos recifes e corais como proteção dos efeitos de tempestades e ondas. Devíamos cuidar melhor dos oceanos, não é verdade?

No mesmo post a gente fica sabendo que uma montanha de mais de 8 milhões de toneladas de lixo plástico chegam aos oceanos por ano, além de agrotóxicos e produtos químicos que afetam diretamente a cadeia alimentar, com potencial de prejudicar inclusive a alimentação das pessoas, mediante a presença de índices cada vez maiores de substâncias químicas, metais pesados e microplásticos encontrados em pescados consumidos pelos seres humanos. Registros de espécies marinhas mortas com plástico no sistema digestivo têm ocorrido com frequência e espalham-se pelo mundo adentro. A estimativa é a de que 90% das aves marinhas estejam contaminadas por microplásticos.

Por essas e outras mais, convém que todos prestemos mais atenção aos sinais de alerta ou de fadiga vindo dos oceanos. É preciso fazer surgir uma nova consciência ambiental nas pessoas de todo lugar, capaz de botar freio na degradação em curso. A vida não é algo estanque da forma como muitos imagem. O planeta é um “ser” vivo e nele os oceanos têm papel fundamental para a manutenção da vida como a conhecemos. Então, vale uma reflexão a respeito dessa data, o Dia Mundial dos Oceanos. Foi bom ter trocado mensagens com a Cacá Zinato. Foi mesmo!


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